As relações entre política e megaeventos esportivos cada vez mais são permeadas pelo planejamento e controle de narrativas e decisões, tanto pela classe política quanto pelos grandes veículos de comunicação.
No entanto, o cientista social e professor da Fundação Getúlio Vargas, Bernardo Buarque de Hollanda, destaca que a Copa do Mundo de 2014, sobretudo, inverteu o que a opinião pública esperava: sucesso dentro de campo e caos na organização. Aconteceu o inverso: a avaliação geral da organização da Copa do Mundo alcançou níveis satisfatórios segundo turistas e brasileiros que circulavam pelas cidades-sede, e o 7 a 1 foi um choque apesar da superioridade técnica da Alemanha l, em comparação à seleção brasileira, ser um consenso entre os torcedores e jornalistas esportivos.
Essa imprevisibilidade foi o tema de mais uma parte da entrevista de Bernardo Buarque de Hollanda ao LEME. Apesar da tragédia para o futebol brasileiro e para a identidade do povo brasileiro com um de seus principais patrimônios, a surpresa e a inversão de expectativas não deixa de ser algo “belo”, para o professor, diante de um cenário atual de previsibilidade, pouca pluralidade e controle sobre as narrativas por aspectos tecnológicos, de discurso, planejamento e estratégia.
Confira mais uma parte da entrevista de Bernardo Buarque de Hollanda ao LEME: