LEME divulga a 4ª edição do Pint of Science*

Festival chega a 4ª edição e tem 87 cidades participantes nos dias 20, 21 e 22 de maio.

O Pint of Science é um evento que acontece durante três dias em vários países, em que os pesquisadores apresentam suas investigações em bares com o intuito de difundir a ciência.

O Pint of Science cresceu exponencialmente. A fórmula do sucesso é simples: bons cientistas, excelente organização e um bar! Sim, o bar pode ser um local para discutir algo tão importante quanto a Ciência e de forma descontraída, sem jargões e mantendo a credibilidade científica para a sociedade. O objetivo do festival é este: derrubar intermediários entre o cientista e a sociedade, estabelecendo um canal direto de conversa.

Entretanto, a organização é complexa. Por trás do festival há uma equipe nacional de 10 pessoas, sete coordenadores regionais, os coordenadores dos municípios participantes e ainda os coordenadores de cada estabelecimento que recebe o festival. São voluntários, muitos estudantes de pós-graduação e envolvidos com na área científica das melhores Universidades do país com o objetivo de explicar para a população como a Ciência funciona e suas novas descobertas.

Neste ano o festival acontece em 24 países e o Brasil é o campeão, com 87 municípios. Os temas continuam diversos: vacinação, mudanças climáticas, câncer, vida em marte, modificação genética de bebês e por aí vai.

Histórico do crescimento

O festival acontece ao longo de três dias consecutivos todo mês de maio e chegou ao Brasil como um projeto piloto na cidade de São Carlos, em 2015. Logo, o evento conquistou as pessoas pela forma descontraída com a qual explica a dinâmica das pesquisas. Em 2016, foram sete municípios; em 2017 o festival esteve em 22 cidades e em 2018, foram 56 participantes! Este ano, 2019, estamos em primeiro lugar com 87 cidades recebendo o festival; em segundo está a Espanha, com 72.

Nascido em 2012, da iniciativa de dois pesquisadores do Imperial College que realizavam encontros em seus laboratórios sobre doenças neurodegenerativas, o festival logo conquistou os cinco continentes. Os pesquisadores Michael Motskin e Pavreen Paul recebiam pacientes e pessoas interessadas em suas pesquisas e com o sucesso do encontro se perguntaram como seria possível levar o cientista até as pessoas. Assim começava o Pint of Science; o maior festival de divulgação científica do mundo.

Como nasceu o Pint of Science?

A ideia surgiu depois que dois pesquisadores do Imperial College London, Michael Motskin e Praveen Paul, organizaram um evento chamado Encontro com Pesquisadores, em 2012. Nesse encontro, pessoas com Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla foram convidadas para conhecer os laboratórios dos cientistas e ver de perto o tipo de pesquisa que realizavam.

A experiência foi tão inspiradora que a dupla decidiu propor um evento em que os pesquisadores pudessem sair das universidades e institutos de pesquisa para conversar diretamente com as pessoas e assim, em maio de 2013, surgiu o Pint of Science.

De lá para cá, o evento cresceu – em 2019, serão 24 países – e a meta é ampliá-lo cada vez mais. “Quero levar o Pint of Science para todas as cidades do mundo e comunicar a ciência como ela é: divertida, fascinante e inspiradora”, diz Motskin em seu perfil na página internacional do evento.

Como o festival chegou ao Brasil?

O Pint of Science foi trazido para o Brasil pela jornalista Denise Casatti, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP), e ocorreu pela primeira vez no país em 2015, em São Carlos.

Essa edição pioneira deu tão certo – olha só a programação – que várias pessoas se interessaram por levar o evento para suas cidades e, em 2016, Belo Horizonte, Campinas, Dourados, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e São Paulo também tiveram bate-papos com cientistas. Veja aqui o que rolou.

As conversas nos bares e restaurantes continuaram repercutindo e, em 2017, o número de municípios participantes subiu para 22, em 2018 o festival cresceu ainda mais, sendo realizado em 56 cidades.

Neste ano, o total de cidades será ainda maior, totalizando 87 cidades, com representantes de todas as regiões do país, e mais temas sendo abordados. O que não muda é que os coordenadores e cientistas participantes do festival não recebem remuneração – a ideia é compartilhar e debater o conhecimento de forma voluntária – e os bares e restaurantes que cedem seu espaço não cobram entrada. O público paga apenas o que consumir.

*Texto originalmente publicado em Pint of Science.

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