Editora Multifoco e Selo Drible de Letra orgulhosamente convidam para o lançamento do livro “O racismo no futebol brasileiro” de Igor Serrano. Contando com entrevistas de Marcelo Carvalho (Diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol), Paulão (zagueiro;vítima de racismo por duas vezes), Higor Bellini (Diretor Jurídico do Palmeiras), Marcelo Jucá (Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do RJ) e Paulo Schmitt (Ex-Procurador Geral do STJD do Futebol), o vigésimo livro do Selo Drible de Letra analisa os aspectos históricos, políticos e sociais da discriminação racial no futebol do Brasil e como os tribunais desportivos estão tratando o assunto.
Informações:
Data e horário: 15/12 (sábado) das 14h às 17h
Local: Multifoco Bistrô (Avenida Mem de Sá 126 – Lapa)
Sinopse do livro:
Inserido no Brasil pelos filhos de sua aristocracia, o futebol, produto importado, objetivava, inicialmente, a propagação de valores de distinção e exaltação de classe pelos praticantes da elite do final do século XIX e início do XX, que não se preocupava com o próprio sustento. Em pouco tempo, as camadas populares também aderiram à prática dos pontapés na bola, sendo operários negros, brancos e mestiços discriminados. A justificativa de manutenção do amadorismo do esporte tinha como pano de fundo a discriminação racial e social. Destaca-se nesse período o enfrentamento promovido pelas equipes cariocas Bangu A.C. e C.R. Vasco da Gama. O tempo passou e, mesmo com atletas negros incorporados à quase todos os times, o racismo permaneceu. Ele foi utilizado como justificativa à derrota brasileira na Copa de 50. Hoje, casos de discriminação racial durante partidas de futebol se proliferam, enquanto poucos dirigentes, técnicos e presidentes dos clubes brasileiros são negros.
Texto da quarta capa:
“A partir de uma revisão da literatura, Igor Serrano apresenta um longo percurso das origens do futebol brasileiro até os dias atuais, recuperando personagens e acontecimentos importantes para a implantação do esporte no Brasil, bem como a legislação sobre a questão racial e as tensões relacionadas aos primeiros clubes. O autor destaca que o ‘futebol não é uma bolha ou redoma de vidro imaculada em relação ao contexto no qual está inserido’ e esse é um traço importante da obra, demonstrar as nuances de uma sociedade racista através do esporte reconhecido como a paixão nacional, a partir da apresentação de inúmeros casos de racismo no futebol masculino como efeitos de uma estrutura, não como casos isolados.”(Isabella Menezes**)
*Texto originalmente publicado em Ludopédio.
**Professora, pesquisadora e autora do livro “Entre a fúria e a loucura: análise de duas formas de torcer pelo Botafogo de Futebol e Regatas”.
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