Claro que o ano de 2020 será eternamente marcado pela pandemia que trouxe o caos para todo o Planeta Terra. Também lembraremos a crise econômica gerada justamente pela desagradável presença do vírus, com toda a certeza. Por outra perspectiva, recordaremos de algo que nos encheu de orgulho nesses 365 dias de puro sofrimento: a luta antirracista no esporte.
Em 8 de dezembro de 2020, mais uma situação completamente deplorável envolvendo preconceito racial chamou a atenção de todos. Porém, desta vez, o desfecho não foi a passividade, como estamos (infelizmente) acostumados a ver. Na ocasião, jogadores de Istanbul Basaksehir e Paris Saint-Germain abandonaram a partida entre os dois clubes, pela UEFA Champions League. Segundo Pierre Webó, camaronês da comissão técnica do time da Turquia, o quarto árbitro Sebastian Col?escu, nascido na Romênia, pronunciou uma fala racista.
O insulto, em qualquer circunstância, já é lamentável por si só. Vindo de uma autoridade, a situação fica ainda pior. Por isso, a atitude de reação dos atletas de PSG e Istanbul Basaksehir merece ser aplaudida e divulgada. A Liga dos Campeões Europeus é, simplesmente, a maior competição de clubes do mundo e a repercussão foi enorme em todos os continentes. Com a decisão (rebelde, porém sensata), os jogadores mostraram que o preconceito já não é somente repudiável, mas também intolerável.

Neste mesmo ano de “vinte-vinte”, os jogadores da NBA deram exemplo de como as grandes personalidades podem e devem se posicionar diante do racismo e de qualquer outra forma de discriminação. Trazendo para a Fórmula 1, como não citar Lewis Hamilton, heptacampeão mundial? Podemos afirmar que ele é a própria personificação do combate antirracista, não acham? Parece que os jogadores de futebol, esporte mais popular do mundo, também se conscientizaram do papel fundamental que têm para colaborar com a luta antirracista.
Que esse ano de 2020 tenha nos mostrado o lado certo a se estar e a importância de não ficarmos calados diante da injustiça. Não podemos minimizar esse problema que se alastra pela humanidade há milhares de anos e é completamente inaceitável. Já chega de tanta falta de empatia. Ninguém é melhor do que ninguém. Por quanto tempo ainda teremos que dizer o que já é óbvio por natureza? Somos todos seres humanos. Somos todos Homo sapiens. Estamos cansados de tanto ódio! Será que já não passou da hora de experimentarmos viver o amor?
Dizer não ao preconceito: essa é a nossa obrigação.

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