Daqui a menos de um ano, as emoções da Copa do Mundo nos proporcionarão imagens como as do mini-documentário produzido, em 2006, pelo antropólogo Édison Gastaldo, membro do Grupo de pesquisa “Comunicação e Esporte”. Neste trabalho, Gastaldo mostra, de forma sucinta e objetiva, como o mundial de futebol interfere na nossa cultura sobre vários aspectos durante os 30 dias de jogos
Quatro equipes de filmagem captaram os ritos de interação e expressões da torcida brasileira enquanto acompanhava as partidas da Copa do Mundo de 2006 em bares, restaurantes, praças e outros locais públicos. “Ritos da Nação” sintetiza o “Brasil parado em frente à tela de tv” e a cultura de futebol que é apropriada pela moda, pelo mercado e pelas instituições.
Com a melhora do rendimento da seleção brasileira em campo, a partir do momento em que Tite passou a comandá-la, o ânimo do torcedor passou a ser mais otimista quanto à conquista do hexacampeonato na Rússia. No entanto, em meio à crise identitária do país e a instrumentalização da camisa “amarelinha” para fins políticos para lá de questionáveis em algumas manifestações de rua, como o próprio Édison Gastaldo já ressaltou em entrevista para o blog “Comunicação, Esporte e Cultura”, será que essa tradição de torcer ganhará novos contornos? Ou a paixão pelo futebol brasileiro e o interesse, em tese, comum pelo título atenuará, pelo menos durante um mês de bola rolando, polarização que tanto prejudica nosso projeto de país e sociedade modernos?
Essa dúvida já é capaz de suscitar inúmeras pesquisas feitas por especialistas e entusiastas sobre o tema na Academia.
Confira abaixo o documentário “Ritos da Nação: