Os avanços tecnológicos das últimas décadas propiciaram a entrada da televisão e da internet, com todos os seus espetacularizantes recursos, no mundo das telecomunicações. O rádio, no entanto, mesmo sem tanto apelo comercial e midiático como no início do século XX, continua vivo no imaginário dos mais variados públicos.
No caso mais específico dos esportes, nem os replays, as câmeras slow motion, a transmissão em 4k e a própria presença do torcedor em estádios e arenas não impedem a presença deste meio de comunicação tão familiar para muitos ainda:
“Como seria possível, com tantos recursos visuais e sensoriais trazidos pela tv, que ainda existam pessoas que assistem aos jogos na tv, mas tiram o som para ouvir o mesmo jogo pelo rádio? E da mesma forma aqueles que estão no estádio, mas não largam o rádio.”

Foi esse questionamento o ponto de partida para o projeto de dissertação de mestrado de Márcio Guerra, que contou com a colaboração do integrante do LEME Francisco Brinati. Nesta parte do bate-papo entre o pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora e o LEME, as características peculiares da narração esportiva na tv e no rádio foram debatidas. Desse projeto surgiu o livro “Você ouvinte: a nossa meta. O poder do imaginário do torcedor de futebol.”

Todo esse fascínio exercido pelas transmissões esportivas no rádio tem uma figura central: a do narrador, responsável por dar a emoção, descrever e, porque não, “jogar junto” e “empurrar o time” em algumas circunstâncias, como em jogos da seleção brasileira em Copas do Mundo. Estar na cabine de transmissão é “vender emoções”, sempre diz Galvão Bueno. Entretanto, os caminhos a serem seguidos pelo narrador esportivo variam de meio para meio, e a nova geração de profissionais está adaptando seu discurso para cada situação. Tudo isso, Márcio Guerra explica para você. É só clicar e assistir ao vídeo abaixo:
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